No dia mundial sem carro, assunto não poderia ser outro: bicicletas. São Paulo possui uma frota de aproximadamente cinco milhões de automóveis. Não é preciso muito para falar das conseqüências para região metropolitana. Imensos congestionamentos, ar poluído, tempo perdido, problemas de saúde, e muitos outros.
O Movimento Nossa São Paulo apresentou esta semana em conjunto com o Ibope, pesquisa sobre as dificuldades da mobilidade urbana. A pesquisa afirma que 45% da população entende que sua qualidade de vida ficou estável. 76% dos paulistanos estão totalmente insatisfeitos com a qualidade do ar. Cresce a expectativa do paulistano por mais ciclovia. O paulistano exige do poder público alternativa para transporte público deficiente. Os ciclistas exigem mais respeito a este meio de transporte.
A Monark é uma das tradicionais empresas fabricantes de bicicletas no país. Instalou-se em São Paulo no mesmo ano da Declaração dos Direitos Humanos. Quatro anos depois, mudou sua planta para Santo Amaro.
Aí começa uma história que vai ditar os rumos da contaminação na bacia do Jurubatuba e fazer coro com outras amigas de contaminação. Sua atividade bicicletária infestou com metais o solo e as águas subterrâneas na Avenida Engenheiro Mesquita Sampaio 782. O passivo consta na Lista de Áreas Contaminadas da Cetesb com investigação confirmatória e detalhada. Antimônio, Cromo e Níquel fazem parte do recheio da Monark. Alegria das crianças, as bicicletas da contaminação pedalam livremente pela zona sul de São Paulo.
Para nosostros, recentemente a Gazeta de Santo Amaro anunciara que os primeiras pedaladas da despoluição no bairro começavam a acontecer. Como num drible de Robinho, a poluição da Monark continua dando suas pedaladas.
Edson Domingues
Nenhum comentário:
Postar um comentário