No passado o sertão brasileiro ocupava o noticiário com fome e miséria diante da seca irreversível. A seca perdura no sertão do Piauí. A fome e a miséria deram lugar ao novo cenário, com polos de desenvolvimento, agenda para o ecoturismo e novas perspectivas para o semiárido.
O aumento do consumo das famílias e a emergência da nova classe média brasileira está desenhando uma nova paisagem na Caatinga. Com a falta de saneamento, imensos lixões se espalham no entorno de cidades médias e pequenas do Piauí, como Oeiras, Inhumas, Floriano, Nazaré do Piauí e Valença. É comum em plena Caatinga, bioma brasileiro único no mundo, encontrar plásticos, alimentos, restos de contaminantes da indústria de hidrocarbonetos diante de ampla variedade de espécies muitas delas ainda desconhecidas da ciência.
Se a Política Nacional de Resíduos Sólidos encontra dificuldades na sua implementação no Sudeste, no Nordeste brasileiro está longe de ser realidade.