Vistoria no aterro sanitário de Rio Preto, às margens da rodovia BR-153, apontou contaminação do solo e do lençol freático na área utilizada como lixão por mais de 20 anos.
A área atingida fica ao lado do aterro onde funcionava o lixão. Para o promotor, houve despejo irregular de lixo no local
De acordo com Clementino, o lençol freático está contaminado por “metais pesados”.
“O lixo foi enterrado em lugar que não poderia. Há uma grande área, de 600 metros de extensão por 50 metros de largura contaminada” afirmou ele. Clementino disse que a situação preocupa porque a área contaminada é próxima ao córrego das Antas, que não foi atingido, segundo o MP.
Clementino disse que a manutenção do aterro está melhor agora do que na vistoria feita há cerca de dois anos. Na época, a coleta de lixo e a responsabilidade pelo local era da Leão Leão.
O prefeito Valdomiro Lopes (PSB) rompeu o contrato com a Leão em agosto de 2009.
“A manutenção está melhor. Nosso foco, agora, é a área de contaminação”, disse o promotor, que espera análise da Cetesb sobre o plano de encerramento do aterro. O MP deve acionar a prefeitura para a reparação do dano ambiental ou até mesmo pedir indenização. “Vou aguardar para definir o que fazer”, disse. Eventuais penalidades podem atingir empresas que já fizeram a coleta de lixo, mas o MP não precisou quais seriam, uma vez que o lixão foi utilizado por décadas.
A assessoria da Constroeste, responsável pelo serviço de limpeza urbana em Rio Preto, afirmou nesta terça (30) que realiza a manutenção do aterro e que “nunca” depositou lixo onde ficava o lixão.
Para a Constroeste, “não seria surpresa a presença de elementos com eventuais parâmetros de análise superiores aos recomendados” na área do antigo lixão, ao lado do aterro sanitário. Na mesma área, a prefeitura ainda tinha um depósito de pneus antigos.
2007 é o ano em que o aterro sanitário às margens da BR-153 foi desativado. O MP apura se o local deveria ter sido encerrado em 2003.
Publicado em 2011 Agência Bom Dia
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