É o primeiro passo do projecto Arco Ribeirinho Sul e a a futura construção daquela que muitos chamam "a Lisboa de duas margens". A limpeza dos terrenos da Quimiparque, no Barreiro, cujo proprietário é a empresa pública Baía do Tejo, começou hoje. Um "projecto ambicioso", disse a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, que revelou incertezas quanto ao grau de descontaminação dos solos, de onde serão retirados 52 mil toneladas de lamas de zinco.
Parte do passivo ambiental que sobrou da intensa atividade industrial da CUF/Quimigal, ao longo de mais de um século, será agora removido até 2013. Segundo a ministra, o grau de descontaminação vai depender dos usos para que se destinem os solos em questão. E nem todos terão de ser removidos. "Remove-se o que é necessário, e considerou-se que alguns dos resíduos aqui existentes não se justifica a remoção", afirmou a governante aos jornalistas.
O investimento desta primeira fase ascende a 4,3 milhões de euros, num total de 57 milhões destinados à remoção do passivo ambiental só na zona da Quimiparque.
"A próxima coisa a fazer será avaliar o grau de contaminação do solo em contato com os resíduos. Nalguns casos, poderá haver uma remoção do próprio solo. Noutros não é necessário remover, podendo haver ações de remediação no local. Mas todas estas intervenções têm de ter um bom planeamento".
Também o presidente da Câmara do Barreiro se mostra satisfeito com o início dos trabalhos, apesar de notar que "é apenas um pequeno passo". "Este é um projeto que interessa não só ao Barreiro e ao Seixal, mas a toda a região metropolitana de Lisboa e até ao país".
No plano das incertezas estão os resíduos enterrados debaixo do solo. Um estudo, a ser concluído até ao final de Março, ditará o que fazer. Apesar disso, garante a ministra, "está tudo definido, controlado e bem estudado". Os resíduos recolhidos terão como destino final o Centro Integrado de Recuperação e Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) da Chamusca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário