sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um mar de contaminantes, passividade e outras indagações.


O episódio do Condomínio Barão de Mauá na grande São Paulo é emblemático quando o assunto é contaminação do solo.

 A construção de unidades de habitação de interesse social sobre uma antiga área fabril no município de Mauá ficou famoso por despertar na sociedade um elemento novo no drama da saúde de centenas de famílias: a contaminação do solo.
Do caso acima citado aos dias de hoje, os atores públicos avançaram no diagnóstico. Num passe de mágica, o setor privado transformou o gesto de responsabilidade, na auto-denúncia, que se transformou rapidamente em negligência. A tragédia da Shell Vila Carioca e da Gillete do Brasil são bons exemplos disso.

São vários cenários, entre eles:
  • o da Faiveley Transport do Brasil;
  • o da Roche;
  • o das Indústrias Nucleares do Brasil;
  • da Nitroquímica;
  • da Bann Química;
  • da Solventex, da Baxter;
  • da Bayer;
  • da Unilever;
  • da Siemens;
  • da Esso;
  • da Agroquímica Fortaleza;
  • da Avon;
  • da Biossintética;
  • da Eurofarma;
  • da Keralux;
  • Pirituba, dentre outros tantos, insistem na cidade mais rica do país.
Se no passado o Parque Fabril Paulistano conduzia para não ser conduzido, hoje a mudança do perfil econômico ,serviços e comércio, convive com o atraso da longa lista de áreas contaminadas da cidade de São Paulo.

 Consequências disso: 
  •  Riscos à saúde humana.
  • A degradação das águas subterrâneas e raríssimas intervenções de recuperação do solo, transformado-o em lixo químico.
  • O perigo de inalar contaminantes voláteis.
  • O perigo de entrar em contato dérmico com contaminantes, como por exemplo: em parques construídos em áreas contaminadas.
  • A ameaça do consumo de água, chamada, de mineral, com sua composição duvidosa, questionável, precaução pouco usual do consumidor paulistano.
São desafios na busca de uma cidade mais limpa de  banir os : PCBs (Bifenilpoliclorados) ,POPs , Cloreto de Vinila e outras substâncias perigosas que persistem em contaminar as terras paulistanas.

Cabe a sociedade civil acompanhar, fiscalizar, denunciar riscos iminentes de contaminação daqueles que moram e trabalham em nossa cidade.

A saúde dos paulistanos deve estar acima dos interesses do capital e a frente dos interesses mesquinhos daqueles que insistem em jogar o lixo para debaixo do tapete!!!
              
Carta aberta da Cidadania por uma cidade descontaminada - Edson Domingues