sábado, 2 de outubro de 2010

Lista das áreas contaminadas críticas

          Relação das áreas críticas

- Aterros industriais Mantovani e Cetrin
- Bairro de Jurubatuba - Município de São Paulo - Santo Amaro
- Bairro de Vila Carioca - Município de São Paulo - Ipiranga (em elaboração)
- Condomínio Residencial Barão de Mauá - Município de Mauá
- Jardim das Oliveiras - Município de São Bernardo do Campo

Quer saber quais são as áreas com solo contaminado?


 Estava procurando um jeito de passar para todos a lista feita pela CETESB sobre as áreas com solo contaminado, mas por ser muito extensa e em pdf resolvi passar apenas o link para que os interessados entrem e vejam todos os detalhes de cada uma das áreas.

 Resolvi ler o texto explicativo e achei várias informações interessantes que passarei para vocês. Fique por dentro também!

  CADASTRO DE ÁREAS CONTAMINADAS E REABILITADAS NO ESTADO DE SP

A origem das áreas contaminadas está relacionada ao desconhecimento, em épocas passadas, de procedimentos seguros para o manejo de substâncias perigosas, ao desrespeito a esses procedimentos seguros e à ocorrência de acidentes ou vazamentos durante o desenvolvimento dos processos produtivos, de transporte ou de armazenamento de matérias primas e produtos.
A existência de uma área contaminada pode gerar problemas, como danos à saúde, comprometimento da qualidade dos recursos hídricos, restrições ao uso do solo e danos ao patrimônio público e privado, com a desvalorização das propriedades, além de danos ao meio ambiente.
 Em maio de 2002, a CETESB divulgou pela primeira vez a lista de áreas contaminadas, registrando a existência de 255 áreas contaminadas no Estado de São Paulo. O registro das áreas contaminadas é frequentemente atualizado, e, após a última atualização, ocorrida em novembro de 2009, foram totalizados 2.904 registros no Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo.







A tabela a seguir mostra a distribuição das áreas contaminadas, em suas diferentes classificações, nas Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI.



http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/areas_contaminadas/texto_areas_cont_nov_09_.pdf

 Essas informações passadas pela CETESB através de gráficos e tabelas permitem aos leitores um melhor entendimento do assunto, e o reconhecimento de onde estão essas áreas e quem são os responsáveis.
Não deixe de ver na integra o relatório de cada uma das áreas contaminadas no Estado de SP.

Fonte: CETESB

Érica Sena

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Na Festa da Democracia, quem ganha é você!


Domingo é dia de festa!

Festa da Democracia!

Quantos não tombaram pelas liberdades democráticas?

Quantos estão aí, assistindo tudo ao vivo, como se a utopia fosse possível.

Hora de escolher. Escolher bem nossos representantes, compromissados com a qualidade de vida, tão degradada nas grandes cidades.

Este observatório não recomenda ao eleitor candidaturas ou opção partidárias.

Compareça ao seu domicílio eleitoral, faça sua escolha. Analise a biografia de seu candidato. Pense, reflita, converse com amigos, parentes, vizinhos, na escola, no trabalho, enfim, é hora do voto.

Algo que podemos sugerir é apenas que os representantes estejam comprometidos com saneamento, com políticas públicas de qualidade, com a agenda ambiental. Com a saúde e educação.

Que vença a democracia!



Edson Domingues

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Nem reza brava ajuda os mais pobres!

 Infelizmente o interesse dos grandes permanecem mais fortes, não adiantando faixas, camisetas, rezas e torcidas. Me sinto triste também pela resposta da Câmara do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça de São Paulo, mas não surpresa com isso!
Achei que pudesse me orgulhar da justiça paulistana, mas não foi dessa vez!

  Escrevo a frase do advogado José Luiz Corazza, que representa cerca de 300 famílias do condomínio, dita hoje
 
  "Era prevista indenização bilionária aos moradores e agora eles deverão se contentar com o valor do imóvel. E nem ao menos temos certeza sobre esse valor.", afirmou. "Fica claro que os rés saíram vitoriosos". Corazza 

        NÃO queria dar essa notícia Elisângela, Maurício e Luciane, mas a vida é assim!!! Força muita luz para todos vcs!!!


Érica Sena

"De olho no Solo", se junta aos moradores do Barão de Mauá





Eu, Érica Sena, uma das criadoras e editoras deste Blog De Olho no Solo( Blog este, que foi notícia do jornal Diario do Grande ABC, graças ao ótimo trabalho do parceiro Edson Domingues e da jornalista Deborah), representei o Observatório Social "De olho no solo" hoje cedo em frente ao Tribunal de Justiça de SP, junto aos moradores do Condomínio Barão de Mauá, que mais uma vez protestam sobre o drama de mais uma década.
  Tive o prazer de conversar com 3 moradores( foto abaixo) deste condomínio, construído sobre área contaminada pela COFAP, que mesmo chateados , deixaram seus afazeres em Mauá e foram se juntar aos outros moradores que lutam há 10 anos por os seus direitos.
 Uma observação muito importante feita por eles é que na garagem, onde tem a maior mancha de contaminação, o cheiro de gás é insuportável. E pasmen, durante uma escavação feita encontraram vários sacos de lixo contendo resídúos hospitalares. Corre um boate que até fetos já  foram encontrados durante essas escavações.

Com isso, fica fácil ver que não foi só  COFAP que jogou seus resíduos perigosos, estabelecimentos ligados a area de saúde também fizeram deste terreno um depósito de lixo.

Não fiquei até o fim, mas pude ver a mobilização de cerca de 30 pessoas com faixas e camisetas em frente ao TJ.
Mais detalhes ACESSE o post abaixo a este.

      Desejo muto boa sorte a eles nessa caminhada!! E a justiça seja feita!!!

Um agradecimento para lá de especial à:

  • Elisangela Ferrari;
  • Maurício Toccoli  e sua esposa Luciane Cristina Toccoli,
pela simpatia e pela gentileza que acolheram eu e minha mãe durante essa manhã. 
No final de tudo isso fomos os 5 visitar á Igreja da Sé, e pedir que as forças divinas ajudassem na  vitória desse caso.

 A prova disso é essa foto que tirei da porta da Igreja da Sé, e Elisangela aparece de costas na frente...rs


QUERO VER JUSTIÇA DIVINA E HUMANA!

Érica Sena ( texto e fotos)- 30/09/2010


E agora?



TJ mantém sentença no caso Barão de Mauá

DeborahMoreira

Do Diário do Grande ABC

A Câmara do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter a sentença da juíza Maria Lucinda Costa de responsabilizar por danos ambientais as rés da ação civil pública movida pelo MP e indenizar os moradores do condomínio Barão de Mauá, em Mauá, construído na década de 90 sobre um antigo aterro industrial da Cofap. As construtoras Soma e STG, a Paulicorp e Cofap vão dividir a responsabilidade.

Os danos morais foram reduzidos a R$ 51 mil, mas não ficou definido se esse valor será por apartamento ou por morador. Os moradores também poderão revender seus imóveis aos empreendedores após a publicação da decisão por escrito, o que deve ocorrer em um prazo de 10 dias. O valor dos imóveis ainda serão definidos.

Os desembargadores que julgaram a ação lembraram, no entanto, que ainda cabe recurso nas instâncias superiores da Justiça. O advogado da Soma afirmou que a empresa deve recorrer da decisão, já que segundo ele não há responsabilidade da construtora no caso. O representante da Cofp afirmou que aguardará decisão por escrito para decidir se vai recorrer.

O advogado José Luiz Corazza, que representa cerca de 300 famílias do condomínio, lamentou a decisão do TJ que beneficia, na visão dele, as empresas. "Era prevista indenização bilionária aos moradores e agora eles deverão se contentar com o valor do imóvel. E nem ao menos temos certeza sobre esse valor.", afirmou. "Fica claro que os rés saíram vitoriosos", completou.

A prefeitura de Mauá, que não enviou representante e havia pedido adiamento da sessão no dia 16, foi isentada de responsabilidade porque o alvará concedido para a construção dos imóveis prescreveu.

O relator desembargador Lineu Peinado pediu ainda que seja determinada a área exata da contaminação pelas rés do processo e, com base nisso, seja criado um plano de recuperação ambiental no local e ainda um estudo para demolição ou não dos 53 prédios ou parte deles.

Estavam presentes ao julgamento cerca de 30 moradores do condomínio, que durou duas horas.

De olho no solo sai como notícia no Diário Grande ABC

Amigos criam blog sobre áreas contaminadas

Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC

Movidos pelo ideal de mudar o panorama ambiental do Estado, três ambientalistas se uniram para criar um observatório social dos solos denominado De Olho no Solo. A ideia surgiu em meio a conversas de boteco e foi concretizada em formato de blog (www.deolhonosolo.blogspot.com), há um mês e meio. Com cerca de 1.300 visitas, promete incomodar empresas poluidoras.

"Não esperávamos esse volume de visitas, mas analisamos que a falta de referência sobre esse assunto está fazendo com que os interessados nos procurem. Já registramos visitas de gente de todo o País e até de fora como Estados Unidos, Cingapura, Portugal, França, Holanda, Argentina e Canadá", contou Edson Domingues, um dos integrantes do blog, que há 20 anos atua na área ambiental e estuda Antropologia.

Edson contou que a decisão de focar no tema foi a falta de uma atuação sistemática. Depois de encerradas as CPIs da Assembleia Legislativa do Estado e da Câmara Municipal de São Paulo, em 2009, que investigaram danos ambientais causados por empresas, ele e o amigo Paulo Rodrigues, 47 anos, que atuou por quase 27 no movimento que pediu a desativação do Aterro Bandeirantes, em Perus, na Capital (desde 2007 sem receber resíduos), decidiram criar o observatório.
"Contamos com apoio e colaborações de outros ambientalistas para acompanhar as contaminações e descontaminações das áreas no Estado", disse Paulo, que se forma em direito neste ano. No blog há apontamentos sobre quais são e onde estão esses locais, inclusive os que não fazem parte da lista da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) de áreas críticas contaminadas, atualizada anualmente.
"Existem regiões que não fazem parte da lista, como em Santo André e São Bernardo. Com apoio de técnicos, estamos fazendo um levantamento de toda a região do Grande ABC para saber qual a dimensão do problema", revelou Edson.

Érica Regina de Sena Silva, 36 anos, trocou a carreira de 11 anos como professora da rede pública para se dedicar às questões ambientais. "Estou trabalhando com o blog e começo a atuar em uma consultoria ambiental nos próximos dias. Temos que fazer aquilo que nos dá prazer e sentimos que somos úteis", disse Érica.

 Fonte: Jornal Diário do Grande ABC, 30/09/2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Em quem acreditar?




Pesquisadores da USP encontraram na análise do fundo das represas Billings e Guarapiranga metais pesados, como: chumbo, cobre, níquel e zinco, entre outros provenientes do esgoto jogado “in natura”
.
Diante de tudo isso me coloco a pensar e comparo essa situação deplorável com a imagem feita pelos atuais governantes deste estado, e deste país, ao passarem seus maravilhosos feitos no horário político de cada dia. Cadê o progresso tão falado por Lula? Por que não foi suprido o que é de mais primordial na urbanização - a captação e o tratamento de esgoto????? Isso não faz parte do progresso?  Ou será que eles fazem isso para se iludirem??? 

 A Secretaria de Habitação afirmou que cerca de 1 milhão de pessoas vivem em áreas de preservação na Billings e Guarapiranga, ainda. Historia antiga que não foi resolvida!
A falta de coleta de esgoto é o principal problema de saneamento, segundo o IBGE. Mais da metade dos domicílios recorre a fossas sépticas, valas a céu aberto ou lança o esgoto em cursos d’água. Isso mostra o descaso com o povo, mas o povo ingênuo continua a tirar o chapéu para as mesmas figuras. Fazer o quê, pergunto? A única resposta que não concordo é votar em TIRIRICA!

Voltando ao solo contaminado dos mananciais, responsável pela contaminação da água distribuída, temos que lembrar que a partir deles são abastecidas 4,5 milhões de pessoas na capital e na Grande São Paulo. Será que você está entre os sortudos que recebem na sua casa essa água com um “plus” a mais?

Em alguns trechos desses reservatórios foram detectados uma quantidade de cobre 30 vezes maior que o recomendado por agências internacionais de saúde
 Segundo estes mesmos pesquisadores, esta contaminação pode comprometer a qualidade da água e consequentemente colocar em risco a saúde de quem a bebe, causando náuseas, dores de cabeça e irritações na pele e nas mucosas, e a longo prazo poderá diminuir a fertilidade, provocar defeitos congênitos e surgimento de câncer.

A SABESP nega todo esse risco de intoxicação humana com os metais pesados. A companhia diz monitorar a evolução da concentração dos metais nos mananciais utilizados para abastecimento”, sem detectar nenhum risco à saúde da população. A remoção de metais pesados é efetuada durante o processo de sedimentação, onde, através da elevação do pH, ocorre a precipitação dos mesmos nas unidades de decantação”, diz nota da Sabesp. Segundo a companhia, caso sejam detectados metais em concentração de risco, “uma anomalia é apontada no relatório da Vigilância Sanitária e são tomadas as ações corretivas”.
“Os padrões e limites de potabilidade para qualidade da água destinada ao abastecimento são estabelecidos a partir de critérios rigorosos e anos de pesquisa, inclusive toxicológica”, informa a nota.
A Sabesp diz que as oito estações de tratamento da capital seguem a legislação nacional, contemplando parâmetros e critérios de potabilidade de portaria do Ministério da Saúde. 

E agora, devemos chegar a qual veredito final? Tomar ou não tomar essa água? Se prevenir ou pagar para ver? Difícil, né? A escolha feita hoje poderá sair muito cara amanhã.

Érica Sena

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Santo Antonio de Posse faz sua parte! E a Petrobras?



Esta semana o Observatório Social De Olho no Solo ouviu o Superintendente de Meio Ambiente do Município de Santo Antonio de Posse, José Henrique Villela Guerra sobre a descontaminação do Aterro Mantovani. Guerra foi enfático sobre o papel que a administração local vem realizando. A Superintendência tem investido em educação ambiental, em programas de arborização urbana e recuperação de matas ciliares.

Guerra busca a formação cidadã do morador de Santo Antônio de Posse com educação ambiental. O conceito é inovador, com multiplicadores de opinião espalhando-se por todas as áreas. Ação típica de uma Agenda 21, implementada na prática. Agentes de Saúde foram treinados para o exercício da função, demonstrando a clareza da compreensão dos aspectos que envolvem saúde e meio ambiente.

A ação de Guerra lembra os bons momentos do filho pródigo de Santo Antonio de Posse. Se o jogador Neto fazia bonito com a bola parada, a administração municipal local faz o jogo fluir. A boa tabela de Neto e Guerra em Santo Antonio de Posse, poderia muito bem ter a contribuição da Petrobras.

Guerra lembra que a Petrobras se comprometeu em contribuir com 13 milhões de Reais. Bom dinheiro segundo Guerra para melhorar a qualidade ambiental local. O Superintendente lembra que é a 49º empresa a assumir co-responsabilidade sobre os danos provocados pelo lixão Mantovani.

Pela vontade de Guerra, “a ação seria mais rápida, mas há sempre um porém...”. O “porém”  fica para a Petrobras vestir a carapuça ou descontaminar de uma vez por todas sua parte de um grande bolo que lhe pertence: o Lixão Mantovani!

Edson Domingues


Mundo dobra uso de água subterrânea em quatro décadas



A humanidade se tornou uma usuária tão sedenta das águas subterrâneas do planeta que essa exploração pode ser responsável por um quarto do aumento anual do nível dos oceanos. O dado vem de um artigo aceito para publicação na revista científica "Geophysical Research Letters"
Nele, uma equipe liderada por Marc Bierkens, da Universidade de Utrecht (Holanda), traça um mapa não muito animador do estado das reservas subterrâneas mundo afora. 

Usando estatísticas e simulações de computador sobre a entrada e saída de água dos lençóis freáticos, Bierkens e companhia estimam que a exploração de água doce subterrânea mais do que dobrou dos anos 1960 para cá, passando de 126 km3 para 283 km3 por ano, em média. 

  A questão, lembram os pesquisadores, é que ainda não dá para saber o preço exato da brincadeira, porque ninguém tem dados precisos sobre a quantidade de água subterrânea no mundo. Mas, a esse ritmo, se tais reservas fossem equivalentes aos célebres Grandes Lagos dos EUA e Canadá, essa fonte de água seria esgotada em 80 anos.

De qualquer maneira, a preocupação se justifica porque, de acordo com estimativas, 30% da água doce da Terra está no subsolo.
Com exceção das calotas polares --as quais ninguém em sã consciência gostaria de derreter, já que os efeitos sobre os mares e o clima seriam imensos--, trata-se da principal fonte de água potável do mundo. Rios e lagos na superfície são só 1% do total. 

BEBERRÕES
Algumas regiões são especialmente beberronas, mostra a pesquisa. Não por acaso, são centros de grande produção agrícola em áreas naturalmente já não muito chuvosas: noroeste da Índia, nordeste da China e do Paquistão, Califórnia e meio-oeste americano. A exploração desenfreada afeta principalmente, como seria de esperar, os agricultores mais pobres.
Segundo Bierkens, a água que sobrar "vai acabar ficando num nível tão baixo que um fazendeiro comum, com sua tecnologia normal, não vai mais conseguir alcançá-la". 

Ao trazer para a superfície quantidades portentosas do líquido, a exploração sem muito controle aumenta a evaporação e, consequentemente, a precipitação em forma de chuva, o que acaba favorecendo o aumento do nível dos mares ligado ao uso dos aquíferos do subsolo.
Embora a pesquisa não aborde diretamente a situação brasileira, o país tem razões de sobra para se preocupar com a situação dos aquíferos subterrâneos.
O interior brasileiro abriga, por exemplo, a maior fração do aquífero Guarani, gigantesca reserva com 1,2 milhão de km2.
Hoje, 75% dos municípios do interior paulista precisam usar as águas do aquífero para seu abastecimento. No caso de Ribeirão Preto, uma das principais cidades do Estado, essa dependência é total. 

Fonte: Folha de SP, 27/09

 


 

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Revelação de Santo André!





Nestes 60 anos de televisão brasileira, uma figura marcante ficou gravada em nossos corações: Edson Cury. Conhecido como Bolinha manteve durante anos programa de auditório com belas dançarinas que rebolavam ao som da nova geração de cantores brasileiros. No programa Clube do Bolinha, revelaram-se talentos como Leandro e Leonardo, Alan e Aladim, e Arnaldo Antunes. Bolinha era escrachado. Gostava de usar camisas floridas exibindo sua vantajosa barriga. Bolinha ainda abria espaço para outros talentos no quadro “Eles e Elas”, onde apresentavam-se travestis, drag queens e transformistas. Era um escândalo para a época, quando muitas famílias evitavam assistir certas cenas.


Este Observatório Social por força da expressão industrial do ABC vem compilando as informações sobre áreas contaminadas na região. Se São Bernardo possui 88 áreas com contaminação, Santo André também tem seus problemas. Não são poucos. Há suspeita que a Lista Oficial da Cetesb esteja muito aquém da realidade não revelada. Há que considerar o longo trecho entre as estações de Santo André e Mauá, passando por Capuava, e os imensos pátios industriais, alguns já desativados.

Lembremos o ano de 2005, quando o eixo da Avenida Eusébio Stevaux, em Santo Amaro, tornou-se público a mega extensão de contaminantes na Bacia do Jurubatuba. A divulgação apenas aconteceu em razão da autodenúncia da Gillete do Brasil –hoje Proctle & Gamble.

Santo André possui hoje, segundo a Cetesb, 83 áreas contaminadas. São 66 áreas correspondentes a postos de combustíveis – 79,5%. As áreas industriais são as mais preocupantes, apesar de menor número, 17 no total – 20,5%. Rhodia Poliamida, Rebrasoil, Solvay, Aterro DAEE e Alcoa Alumínio puxam esta lista.

Cabe a sociedade civil exigir maior competência da agência ambiental paulista, e cobrar rígida investigação preliminar e detalhada das áreas com histórico de ocupação industrial.

A exemplo do quadro “Eles e Elas” do Programa do Bolinha na década de 80, está na hora da Cetesb revelar novas áreas contaminadas em Santo André!
Edson Domingues