sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A água de cima, o solo e a água debaixo...







A Audiência Pública sobre a Operação Urbana Água Branca promovida pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente realizada no mês passado contemplou vários impactos positivos e negativos para o bairro que passará por profunda alteração de sua paisagem urbana.

Da antiga Fábrica Matarazzo sobraram as chaminés e a Casa das Caldeiras. Os remanescentes do parque fabril do eixo da linha ferrovia Santos Jundiaí estão cada vez mais desaparecendo. O objeto de desejo do mercado imobiliário tem nome e atende por Santa Marina. A antiga fábrica até os dias de hoje produz vidros, e no futuro pretende-se produzir arranha – céus. Coincidência da vida, ao lado passará nova linha do Metrô.

O que não se enxergar é meramente por que não se pode ver. Debaixo do solo da pátria mãe gentil, nossa Lapa – Barra Funda está infestada por desengraxantes, metais, e otras cositas más...

Justamente a parte mais frágil, o subsolo e águas subterrâneas, do perímetro da Operação, não foi contemplado. Dia 20 de dezembro, nova audiência pública. Reivindicamos.

Edson Domingues

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Só Cristo Salva!


O Rio de Janeiro neste momento possui oito grandes projetos em andamento. Todos este são de ordem do capital estrangeiro. Associados ao Pré-Sal, estes investimentos transformarão o perfil econômico do Estado Fluminense. Nada mais, nada menos que General Elétric, IBM, ThyssenKrup, Hyundai e Volvo, dentre outras empresas, estão com empreendimentos em andamento ou planejados para a felicidade do Governador Sérgio Cabral.

São Paulo já viu este filme antes. Dentre os empreendedores que vislumbram novos ares, está a auto-denunciante Procter & Gamble. Para refrescar a memória dos seguidores deste Blog, vamos voltar ao ano de 2005. A P&G é filhote do Tio Sam. Instalou-se na Bacia do Jurubatuba e deixou o solo em situação pior do que qualquer banheiro dos bares da Praça Júlio de Mesquita, centro velho de São Paulo. Ciente do que deixou para trás, anunciou o que deixou no solo e nas águas subterrâneas, mas a mão invisível do mercado não sabe o que faz com o tamanho do bolo.

Agora chegou a vez dos conterrâneos de Lima Barreto. Serão investidos US$ 30 milhões na nova Unidade no município de Queimados – RJ. Lá o processo produtivo deverá ser um pouco mais moderno. Se seguir a lógica da Teoria da Dependência, todo maquinário obsoleto na América do Norte será levado para terras fluminenses.

O filme da P&G em Sampa está queimado. Em Queimados será diferente?