sexta-feira, 27 de maio de 2011

Apareceu o Margarido!


No ano passado os seguidores deste Blog puderam testemunhar a reviravolta na escolha do Estádio para a abertura da Copa do Mundo em São Paulo para o ano de 2014. O famoso Piritubão não saiu do papel pois a área de 5 milhões de metros quadrados está contaminada. 

Fervor agora está do outro lado da cidade com o Itaquerão cheio de problemas. Aqueles que acompanham Pirituba e o sonhado Centro de Convenções assistem as movimentações da administração municipal e do setor privado repletos de indagações.

Aloisio Margarido, representante do Comissariado da Odebrecht fez nesta semana turismo social. Atravessou o rio Tietê e planou na Associação Comercial de Pirituba para apresentar aquilo que Dadá Maravilha chamava de solucionática! A problemática nosotros já sabemos: passivo ambiental da área do futuro Centro de Convenções.

Margarido não para no ar como Dadá Maravilha. Porém suas palavras ficaram no ar durante sua inserção na periferia. O Comissário Margarido afirmou que são R$16 milhões para descontaminar a área condenada pela Cetesb. Os devotos de São Tomé já começam divergir de seu contaminante pronunciamento. Os fiéis já preparam a romaria, pois milagres na operação do Comissário não existem. 

Se miséria pouca é bobagem, o Comissário ainda anunciou alça de acesso ao futuro Centro passará pela cabeça dos moradores do aprazível bairro do City Pinheirinho colocando fim ao sossego dos tranquilos moradores.

Não há nesta ou em outra imaginática, tamanha fantasia com os trocados que o Comissário da Odebrecht pretende investir na periferia.
Edson Domingues


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vazamento de cloro em petroquímica da Braskem intoxica 152 pessoas em Maceió.


Um grande vazamento de cloro na sede da empresa petroquímica Braskem, no bairro do Ponta da Barra, em Maceió, causou uma nuvem de fumaça tóxica na noite deste sábado (21) e levou 152 pessoas a buscar e superlotar o atendimento nos principais hospitais de urgência e emergência de Alagoas. Dessas, 22 eram crianças. Apenas uma pessoa segue internada.
Em nota, a empresa confirmou que houve vazamento às 19h38, sendo contido às 20h15. A princípio, moradores afirmaram ter ouvido a explosão, seguida de uma nuvem de fumaça branca.O acidente paralisou a produção industrial do setor 225, responsável pela compressão do vapor do cloro. Reportagem de Aliny Gama e Carlos Madeiro, no UOL Notícias.
A empresa não soube explicar o motivo do acidente, mas neste domingo técnicos de outros Estados já chegaram a Maceió e começaram a analisar as causas do vazamento, que causou pânico aos moradores da região e deslocou todas as unidades de atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do Corpo de Bombeiros da capital alagoana para remoção de pacientes.
Devido à proximidade, a população da região é treinada para agir em caso de acidente. Logo após o vazamento, a sirene de alerta tocou, mas as pessoas que estavam na praça Pingo D’Água, a maior do bairro, foram as mais atingidas, já que a empresa fica a menos de 1 km do local. Houve correria dos moradores, que tentaram a todo custo se proteger da fumaça.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 130 pessoas foram atendidas com problemas causados por intoxicação no Hospital Geral do Estado, mas 129 já haviam sido liberados na manhã deste domingo. Apenas Fernando Aquino, 50, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva, mas a informação é de que esse paciente já tinha problemas respiratórios, que podem –ou não– ter sido agravados com a nuvem tóxica.
Dos 130 pacientes, 30 apresentaram os sintomas mais preocupantes e precisaram ficar em observação, mas passam bem. Já 22 crianças foram atendidas na clínica Dayse Breda na noite deste sábado, também em Maceió, mas receberam alta médica.
“Multa pesada”
O IMA (Instituto do Meio Ambiente de Alagoas) informou que vai investigar o caso, e a empresa deve receber uma “multa pesada”. O órgão abriu um processo administrativo para apurar as causas do acidente.
De acordo com o diretor técnico do IMA, Ricardo Cesar Barros, o instituto está analisando o grau dos danos causados pelo acidente para estipular a multa. “Estamos aguardando um relatório que está sendo elaborado por técnicos da Braskem, que vai ser entregue ainda hoje, para reunirmos com o departamento jurídico do IMA e estipularmos a multa. Garanto que vai ser uma multa pesada. Vamos ficar no encalço da empresa, fiscalizando tudo”, disse.
Ele explicou que logo após o acidente, os técnicos do IMA fizeram uma inspeção de campo para fazer os primeiros levantamentos do que houve. “A nuvem de gás de cloro ficou dissipada no ar às 20h15, tempo de afetar dezenas de pessoas da comunidade, principalmente crianças. Os ventos não contribuíram para que a nuvem fosse embora logo e afetou as pessoas. Nesta segunda-feira, o IMA irá fazer coleta de qualidade da água na região da lagoa Mundaú para saber se ela também foi afetada.
A região e a empresa
A região do Pontal da Barra fica entre o mar e a lagoa Mundaú e é composta por pescadores e artesãs. O bairro é um dos pontos turísticos da capital alagoana, partida do tradicional passeio das nove ilhas, além de tradicionais restaurantes com cozinha especializada em frutos do mar.
A Braskem se instalou nos anos 1970 em Maceió para ser uma indústria de produção cloroquímica. Inicialmente, instalada à beira mar da área então nobre de Maceió, a empresa tinha o nome de Salgema. À época da instalação, ambientalistas protestaram contra a implantação da empresa em área de expansão urbana da cidade e a menos de 5 km do centro da capital, mas foram vencidos pelo argumento de que a instalação de um polo geraria milhares de empregos – o que nunca se concretizou.
Por conta da instalação da empresa, imóveis da região sul da capital desvalorizaram, e muitos moradores deixaram a área, hoje ocupada por famílias pobres. Nos anos 1990, a empresa mudou de donos e de nome. Atualmente, a Braskem é hoje a maior produtora de resinas termoplásticas da América, com 31 plantas industriais no Brasil e nos Estados Unidos.
EcoDebate, 23/05/2011

Carga de urânio chega às instalações da INB em Caetité/BA


A carga de urânio que havia sido bloqueada pela população de Caetité (624 km de Salvador) no domingo (15) foi transportada, na madrugada desta sexta-feira (20) até as instalações da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) na cidade.
Na quinta-feira (19), a Polícia Militar da Bahia destacou 160 homens para acompanhar o desfecho do impasse. Havia temor de que manifestantes tentassem bloquear novamente as nove carretas que transportavam a carga. Não houve conflito.
Por um acordo celebrado entre a estatal, ambientalistas e a administração municipal, a carga permanecerá lacrada nas instalações da INB, no distrito de Maniaçu, até que “sejam satisfeitos todos os requisitos de segurança dos trabalhadores da INB e do meio ambiente”.
Um representante do Greenpeance, enviado à cidade, disse na terça-feira (17) estar preocupado com a segurança da carga, que ficou armazenada a céu aberto, em local inadequado. O Ministério Público Federal também pediu ontem esclarecimentos à INB sobre o conteúdo da carga. (Fonte: Pedro Leal Fonseca/ Folha.com)