sábado, 9 de outubro de 2010

LIXO IMPORTADO x LIXO TÓXICO DA COFAP NO BARÃO DE MAUÁ


TRECHOS DE MATÉRIAS DA JOVEM PAN ON LINE E SPTV DA GLOBO SOBRE O LIXO IMPORTADO DA INGLATERRA E UMA COMPARAÇÃO COM OS RESÍDUOS TÓXICOS DEPOSITADOS ONDE HOJE É O CONDOMÍNIO BARÃO DE MAUÁ- Trupel (2009)

 Muito bom o vídeo Trupel!!
Parabéns!
Érica Sena


Araraquara se destaca na lista de áreas contaminadas de SP

Na região de Ribeirão Preto, Araraquara é a cidade com maior número de áreas de risco: 18, sendo 16 postos. São Carlos vem logo atrás, com 17 e Ribeirão com 12 áreas contaminadas. Em toda a região somam-se 84 dessas áreas, três a mais que há seis meses. A Cetesb avalia baseada na situação que havia em novembro de 2009. 

 Assista o vídeo abaixo

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

De Olho no Solo também fala de Sustentabilidade


Tivemos a honra hoje de receber um recado de Leonardo Machado (Coordenador de Novas Mídias do Canal Futura), com a sugestão de divulgar uma nova série de animação que fala sobre consumo consciente e sustentabilidade.
 Esta série de 10 episódios ,chamada CONSCIENTE COLETIVO estreou no dia 8 de setembro no Canal Futura.
 5 dos 10 episódios estão disponíveis  no site do Canal Futura . Assista aqui, no DE OLHO NO SOLO, o episódio 1 da série e acompanhe os outros  no Canal Futura.


Fonte: CANAL FUTURA

O Olho de vidro de Kasinski.





A vilã do Caso Barão de Mauá, Cofap, teve durante anos em sua direção Abraham Kasinski. Seu império foi repassado para a Fiat. Seu passivo ambiental deixado em Mauá foi empulhado para os desprovidos.

Kasinski é mesmo daqueles que não esquecemos. Adora uma piada, uma anedota. Em novembro de 97, a Revista Veja relatou sua paixão pelas anedotas. Sua preferida é aquela do cliente que vai ao banqueiro e pede um empréstimo. O Banqueiro responde que concederia o maço desde que o cliente descobrisse qual era o seu olho de vidro. O cliente desanimado diz que é muito fácil, pois é o único olho em que se vê alguma humanidade.

Kasinski não tem olho de vidro, mas há um olhar de desprezo pelas famílias do Barão de Mauá. Atolados num mar de contaminantes, a conta de Kasinski vai brotar no Sistema Único de Saúde. O velho e bom SUS já herdou uma herança maldita com nome Shell Vila Carioca. 
 Apesar de ter o nome Carioca, essa vila se encontra em São Paulo, e seu caso é famoso no mundo inteiro.

Se Kasinski aprendeu a lição, precisa combinar a milhar e centena nas instâncias superiores, pois a fila é grande. Os olhos do SUS não são de vidro, mas Kasinski é apaixonado por piadas de mau gosto.

Edson Domingues & Paulo Rodrigues, 08/10

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Crianças e idoso sofrem mais com a contaminação!

Chumbo matou 400 crianças na Nigéria, diz ONU.


Mineração ilegal de ouro no Estado de Zamfra também teria contaminado pelo menos 18 mil nigerianos desde o início do ano




A Organização das Nações Unidas (ONU) informou ontem que mais de 400 crianças menores de 5 anos morreram desde março pelo envenenamento por chumbo no norte da Nigéria, o dobro do anunciado no mês passado. A ONU estima que 18 mil pessoas podem ter sido afetadas pelo produto químico na região. A intoxicação foi causada pela mineração ilegal de ouro no Estado de Zamfara.

Segundo Elizabeth Byrs, porta-voz do Departamento de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), o número de mortes tem como base os relatórios da agência humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF). Segundo a ONG, outras 500 foram atendidas nos quatro consultórios da MSF. El-Shafi Muhammad Ahmad, coordenador do MSF em uma das cidades da região, o número de mortos pode ser muito maior, já que muitos casos não são registrados, como a contaminação de nigerianos com mais de 5 anos.

Grande parte da população não informa sobre os novos casos de contaminação porque “tem medo de não poder continuar com a atividade”, que foi proibida na semana passada pelo governo nigeriano após a informação sobre as mortes.

O envenenamento foi descoberto no início do ano durante o programa de imunização anual, quando os médicos perceberam que a maioria das crianças da região estava morrendo; algumas vilas não tinham crianças com menos de 5 anos. Os moradores disseram que as mortes foram causadas pela malária, mas os exames de sangue feitos pelo MSF apontaram a contaminação por produtos químicos.

O minério garimpado nas redondezas é levado aos vilarejos para processamento adicional, trabalho que com frequência é feito por mulheres e crianças pequenas. Os produtos químicos contaminaram o solo, a água e os que inalaram as partículas de poeira.

Uma missão de avaliação da ONU descobriu que o abastecimento de água em quatro das cinco aldeias visitadas foi contaminado por níveis elevados de chumbo. As concentrações de mercúrio no ar também foram elevadas nas cinco aldeias, cem vezes superior ao índice estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Pobreza

A busca por ouro, em cujas jazidas se encontram também minerais como chumbo, cobre e mercúrio, é uma fonte de renda primordial para a população destas localidades. A busca pelo ouro artesanal dá maiores rendimentos que a agricultura. Um grama de ouro é vendido a 3.500 nairas (US$ 26), enquanto 50 kg de milho valem 6.000 nairas (US$ 45).

Além da mineração, o roubo de gasolina dos oleodutos que escoam a produção das refinarias para os portos virou uma indústria no país. Desde 2000, cerca de 1.500 pessoas morreram na explosão de dutos, que é provocada tanto por perfurações acidentais ou após moradores tentarem roubar petróleo.

A poluição causada pelos vazamentos de petróleo também castiga o país, o maior exportador do combustível do continente. Pelo menos 2 bilhões de litros vazaram no Delta do Níger nos últimos 50 anos, onde crianças nadam e a população vive normalmente.

Fonte: Agência do Estado- 06/10 

O OBSERVATÓRIO SOCIAL " De olho no solo" tem como área de pesquisa do Estado de SP, mas em alguns casos teremos que divulgar notícias fora desse campo de estudo. O objetivo disso é mostrar  que esse descaso das indústrias com o solo, e com os seres que o habitam é um problema MUNDIAL, além de nos servir como exemplos para não deixarmos que isso ocorra por aqui.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Volta por cima! A volta por baixo!


O caso da possível contaminação da Tegma Logística em São Bernardo começa dar a volta que todos aqueles adoram dar. Recentemente, o principal Parque de Diversões da capital paulista foi notícia na grande imprensa. Cerca de 16 crianças acidentaram-se num concorrido brinquedo. A apuração do acidente está sendo realizada em conjunto com a direção do parque e a polícia civil. A concorrida atração perdeu o freio. Há possibilidade de desgaste de material ou de problemas na manutenção, ou outros imprevistos. Talvez faltou precaução, afinal, o brinquedo de alta velocidade com curvas intensas, merece sempre atenção redobrada.
 
No caso de acidentes ambientais – o mundo vive sempre o acidente do momento, e a bola da vez é o drama da Hungria e o Rio Danúbio – a legislação brasileira é clara. O Decreto Federal 5098 de 2004 afirma que quando o assunto é ambiente, deve prevalecer prevenção e redução de riscos em caso sinistros ambientais.
 
O princípio da precaução, da prevenção e da reparação são princípios gerais do direito ambiental brasileiro. Se há dúvida sobre algum contaminante ‘no armário”, é no mínimo salutar realizar investigação para dirimir dúvidas. Caso venha a tona algo incomodo, do passado, ou mesmo do presente, merece transparência e clareza.
 
A Tegma Logística foi simpática no papel diante do questionamento deste Observatório. Não basta. Se há dúvida, há que investigar, para que o princípio da precaução garanta a preservação da qualidade de vida, os interesses difusos e a garantia da saúde das presentes e futuras gerações.
 
Não pode acontecer como no Parque de Diversos: dá a volta, provoca o acidente e depois investiga. Talvez seja tarde demais. Acorda Cetesb!
Edson Domingues

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Comentários a respeito de John.


O cantor Belchior fez grandes sucessos da música popular brasileira. Numa de suas canções – “Comentários a respeito de John”, feita em parceria com o atual Vereador do PV de São Paulo, José Luís Penna - clamava para que deixe que ele decida sua própria vida.

Canção de 1976 tornou realidade em 2009. Jornais de todo o país faziam a pergunta: Onde está Belchior?
Até mesmo o maior programa de variedades da principal emissora de televisão brasileira entrou na onda, “onde está Belchior?”.

Belchior deixou seu carro no estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo no ano de 2006, e desapareceu sem deixar rastro. Foram três anos de desaparecimento. O que pedia na canção “Comentários a respeito de John”, não foi respeitado.

Passou agosto de 2009, e a imprensa paulistana tamanha busca frenética, jamais realizada, o encontrou nos arredores de Montevidéo, Uruguai. Acabaram com o sossego do músico que passava suas tardes no Balneário de Maldonado, pintando, escrevendo e namorando.

Este observatório recebeu denúncia sobre contaminação do solo na área de propriedade da Tegma Logística, localizada na Avenida Nicola Demarchi, em São Bernardo do Campo. A principal suspeita é de contaminação do solo por hidrocarbonetos. A área não é mencionada na última Lista de Áreas Contaminadas da Cetesb, 2009.

Em Post de 16 de Setembro de 2010, este Observatório Social alertava sobre a denúncia e ausência da área acima citada na Lista Oficial. Prima este observatório sempre ouvir outro lado.
O outro lado, Tegma Logística, emitiu nota ontem, 04 de outubro de 2010, com a seguinte informação: “A Tegma Gestão Logística esclarece que não há em nenhuma de suas instalações em SBC, contaminação do solo por ocasião de suas atividades no município...”.

Demorou, não tanto como Belchior para pronunciar-se. Resta saber quanto tempo levará para esclarecer dúvidas de possível contaminação, episódio este que só a mão invisível da Cetesb ABC poderá interferir.

Se Belchior desapareceu durante três anos, quanto tempo aguardará a sociedade civil, para realização de investigação preliminar e confirmatória afastando eventuais dúvidas e riscos? A Cetesb ABC não pode clamar como a canção acima mencionada: “...deixe que eu decida  própria vida”.
Edson Domingues

Especialista defende possível descontaminação em solo do Barão

É possível descontaminar a área onde foi construído o Condomínio Barão de Mauá, no Parque São Vicente, em Mauá, sem a necessidade de derrubar os prédios. A afirmação é do arquiteto urbanista Luis Sergio Ozorio Valentim, da Divisão de Ambiente do Centro de Vigilância Sanitária do Estado.



Para ele, descontaminar e reaproveitar áreas vazias que um dia foram ocupadas por indústrias, desde as primeiras décadas do século XX, é uma necessidade para os grandes centros urbanos que já não possuem espaços disponíveis. No entanto, os custos ainda são altos e poucas empresas dominam as técnicas de descontaminação.


Até novembro de 2009, existiam 2.904 áreas contaminadas em todo o Estado, segundo relação atualizada anualmente pela Cetesb (Agência Ambiental Paulista (Cetesb). O número é 13% maior em relação à lista do ano anterior. Segundo a agência ambiental, 929 foram descontaminadas e, destas, 110 já podem ser reaproveitadas.


"O desafio está em olhar para esses espaços e saber reaproveitá-los para evitar a expansão em áreas ainda não desmatadas ao redor das cidades. Há casos que já foi indicada a remoção de moradores para descontaminação, como da Favela Paraguai, na margem do Rio Tamanduateí. Não sei se é o caso do Barão. Mas demolir 53 prédios será muito mais prejudicial ao ambiente do que mantê-los e fazer descontaminação do solo", explicou Valentim, lembrando que já vem sendo feita extração de gases no local, com monitoramento da Cetesb.


QUALIDADE DE VIDA


Valentim, que tem trabalho de doutorado sobre riscos à saúde em áreas contaminadas da região metropolitana de São Paulo, ressaltou que os males causados à população que convivem com essas áreas não são somente relacionados à saúde. "Os danos concretos estão mais ligados à qualidade de vida dessas pessoas. Em primeiro lugar do ponto de vista econômico, com desvalorização do imóvel que afeta diretamente a posição social do indivíduo. Depois, vem a questão do bem estar no local. Como se sentem essas pessoas que vivem sobre um local que um dia foi um lixão?", ponderou o arquiteto.


Já o geólogo Ivo Karmann, do Instituto de Geociências da USP (Universidade de São Paulo), não aconselha a ocupação de solos contaminados por indústrias, já que a descontaminação ainda não é uma prática comum e difundida no País. "Se pudermos evitar a ocupação desses lugares, melhor. Além dos problemas sociais, não conhecemos os efeitos reais sobre a saúde", disse.

Deborah Moreira

Fonte: Diário do Grande ABC, 5/10

Relato da CETESB sobre o Cond. Barão de Mauá



Vista parcial do Condomínio Residencial Barão de Maúa

O Conjunto Residencial Barão de Mauá, localizado no Parque São Vicente (veja localização), no município de Mauá é uma área contaminada por compostos orgânicos e inorgânicos, alguns deles voláteis, entre eles o benzeno, clorobenzeno, trimetilbelzeno e decano.  

Foi implantado em terreno pertencente à empresa de amortecedores Cofap, o qual havia sido aterrado com resíduos sólidos industriais, predominantemente areias de fundição. Como não havia controle da área pelos proprietários, outras substâncias tóxicas, de origem desconhecida, foram ali sendo depositadas inadequadamente.

Nem todos os edifícios foram construídos sobre os resíduos; a maioria foi implantado em terreno que não sofreu contaminação.


Delimitação da área contendo resíduos industriais (clique aqui visualizar a imagem ampliada)

A CETESB passou a atuar no caso em função de explosão ocorrida em abril de 2000, quando estava sendo realizada manutenção em uma bomba numa das caixas d´água subterrâneas instaladas no condomínio, vitimando fatalmente um operário. Na ocasião, a CETESB aplicou penalidade de multa à empresa SQG Empreendimento e Construções Ltda., responsável pela construção dos edifícios, e exigiu a adoção de ações de monitoramento, identificação, caracterização e remediação do solo e águas subterrâneas.

Exigências técnicas


- monitoramento de índices de explosividade;
- ventilação forçada dos espaços fechados;
- monitoramento da qualidade do ar na área do condomínio;
- proibição do uso das águas subterrâneas;
- monitoramento da qualidade da água de abastecimento público fornecida aos edifícios;
- cobertura dos resíduos expostos com material inerte;
- realização de investigação detalhada, para delimitação, caracterização e quantificação dos resíduos depositados e da contaminação do solo e das águas subterrâneas;
- realização de avaliação de risco à saúde;
- adequação dos playgrounds, posicionando-os sobre uma camada de argila compactada;
- extração forçada de vapores e gases do subsolo, com monitoramento da eficiência do sistema de tratamento dos gases coletados;
- apresentação de projeto destinado à remoção dos bolsões de materiais orgânicos geradores de gases e vapores;
- implantação de medidas para remediação das plumas de contaminação das águas subterrâneas mapeadas no local.

Em função das ações adotadas, a situação emergencial encontra-se controlada, bem como os riscos pela inalação do ar local. Os seguintes fatos favorecem este quadro:

- a maioria dos edifícios ocupados não está sobre a massa de resíduos;

- está sendo realizado monitoramento de explosividade em vários pontos do condomínio, cujos resultados indicam que os níveis de explosividade caíram bastante na maioria dos pontos monitorados e os riscos estão sob controle;
- está sendo realizado monitoramento do sistema de extração de gases do subsolo, cujos resultados indicam que a área afetada por gases reduziu-se bastante no período de operação do sistema;
- monitoramentos realizados na qualidade do ar atmosférico em ambientes externos e internos aos edifícios indicam não haver concentrações de contaminantes que pudessem representar riscos por inalação de compostos voláteis.

Além das ações de caráter emergencial implementadas em resposta às exigências da CETESB, as secretarias estadual e municipal de Saúde e o Ministério da Saúde têm desenvolvido ações destinadas à caracterização dos eventuais danos à saúde da população exposta aos contaminantes existentes no local.


Paralelamente às ações de cunho ambiental, o Ministério Público do Estado de São Paulo, juntamente com o Movimento Brasileiro Universitates Personarum JC & JC – Juventude, Comunidade, Justiça e Cidadania e o Instituto de Defesa da Cidadania, promoveu ação civil pública contra a COFAP, Administradora e Construtora Soma Ltda., SQG Empreendimentos e Construções Ltda, Paulicoop Planejamento e Assessoria a Cooperativas S/C Ltda. e Fazenda Pública do Município de Mauá. A ação foi julgada procedente em 1º grau, tendo as rés apresentado Recurso que se encontra em análise no Tribunal de Justiça de São Paulo.
No âmbito federal, o juiz da 1ª Vara Cível da Justiça Federal de Santo André deferiu o pedido de tutela antecipada, ajuizado pelo Ministério Público Federal, com um pedido de liminar para que a Caixa Econômica Federal autorizasse a liberação do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, aos moradores do condomínio. A decisão passa a valer a partir do momento em que a CEF for intimada.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por sua vez, determinou por meio de liminares concedidas à Construtora do Conjunto Habitacional e à COFAP, a suspensão, por ora, da demolição dos prédios do Condomínio e da execução das indenizações por danos morais e materiais.

De acordo com os últimos relatórios, o sistema de extração de vapores do solo vem sendo operado normalmente. Os dados de monitoramento realizados em 2008 pela empresa SQG não detectaram níveis de explosividade. Em 02/10/2008, técnicos da CETESB avaliaram os níveis de explosividade nos mesmos pontos avaliados pela empresa e também não detectaram níveis de explosividade. Na mesma oportunidade, foi verificado que técnicos contratados pela empresa COFAP encontravam-se realizando trabalhos de perfuração de solo para coleta de amostras para análises laboratoriais para fins de complementação da investigação ambiental da área.

No final de 2007 e início de 2008 foram realizadas amostragens de água dos reservatórios de abastecimento dos edifícios, não tendo sido encontradas alterações oriundas da contaminação existente no local.

A Geoklock iniciou em junho de 2009 mais uma fase das sondagens de reconhecimento na área do Residencial Barão de Mauá. Foram feitas perfurações nas áreas dos condomínios Cidade de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, Baronesa, Arroio Grande e Bacia do Prata. O plano de trabalho já foi apresentado aos síndicos. A CETESB solicitará os resultados para avaliação.

O diagnóstico, segundo a Geoklock, irá investigar a localização, quantidade ou concentração e a composição dos resíduos do solo, avaliar seu potencial para fazer mal à saúde e as vias de exposição. Em abril, foram feitas sondagens na área externa do residencial e os resultados ainda não foram enviados para avaliação do órgão ambiental.

Os trabalhos de perfuração e coleta de amostras para elaboração do novo diagnóstico sobre a contaminação no condomínio Barão de Mauá, foram concluídos pela Geoklock ao final de agosto. A realização desse levantamento foi determinada pelo Ministério Público Estadual e o trabalho foi acompanhado por representantes do IPT e da CETESB.
A investigação compreendeu todas as áreas do condomínio e uma parte externa a ele. Foram feitas sondagens para caracterização do solo e dos resíduos e instalados poços para amostragens de gás no solo e de águas subterrâneas, de acordo com as indicações da CETESB.
Os relatórios referentes à investigação foram entregues para avaliação da CETESB em 20/04/2010, que após análise dos estudos divulgará seu parecer técnico. 


Fonte: CETESB

 A pergunta feita pelo OBSERVATÓRIO SOCIAL " DE OLHO NO SOLO" é:

 Alguém sabe sobre esse parecer técnico???? Se souber, mande para o OBSERVATÓRIO!! 
                                Érica Sena- 05/10 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Revitalização da Vila Carioca e da Móoca



Uma área compreendida em ao menos 1,6 mil hectares da Zona Leste vai integrar os planos de intervenção urbanísticas da Prefeitura, com o intuito de revitalizar áreas subutilizadas, sobretudo no eixo compreendido entre a Mooca e a Vila Carioca.

Segundo Luis Ramos, chefe da assessoria de planejamento urbano da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, o Termo de Referência para contratação do projeto para a região já está sendo desenvolvido e o edital para licitação da empresa, que fará as intervenções, deve sair até o fim do ano. 

A execução do projeto em si ainda não tem uma previsão de início. 

“Saindo o edital há aquele período de análise de licitação. O vencedor da licitação deve sair no primeiro semestre de 2011, porém, tendo fechado o projeto de operação urbana, ele terá de passar pelo crivo da Câmara Municipal, sendo aprovado por lei. Só depois é que o projeto vai começar mesmo a ser executado”, disse, ressaltando que a ideia é trazer uma nova qualidade para as áreas, muitas delas, galpões onde funcionavam indústrias e que hoje estão abandonados ou sendo utilizados como depósito. “Pretendemos aproveitar a existência da ferrovia, como transporte coletivo de boa capacidade, e modificar estes galpões, valorizá-los, sempre possível criar empregos na região e residências”, afirmou.

Citando galpões na Avenida Henry Ford, Ramos salientou que o projeto de reurbanização da Mooca/Vila Carioca vai trazer uma integração com a cidade como um todo, já que existe uma intersecção na região. “O Ipiranga está ali e para na ferrovia. A Mooca para na ferrovia. É preciso uma integração e uma centralidade ao longo deste eixo. Aliás, existe um grande potencial nesta região. Estas intervenções vão promover um crescimento da cidade, mas para a região central e não em áreas periféricas”, finalizou.

Terrenos passarão por análise para checar se estão contaminados


Como parte dos investimentos em desenvolvimento sustentável na cidade, a Prefeitura está participando de um projeto de integração técnica que envolve a União Europeia por meio de intercâmbio com diversas cidades da América Latina. O projeto Urbal III Integration – Integrated Urban Development, é baseado na experiência da cidade alemã de Stuttgart, onde foi realizado um grande projeto de descontaminação de áreas e uso posterior.


O projeto, que prevê a revitalização de áreas degradadas e com suspeita de contaminação de solo e subsolo, além de promover o desenvolvimento econômico, terá como região piloto Mooca e Vila Carioca. “Onde se concentra a antiga área industrial, vai ser feita avaliação preliminar de contaminação para sabermos quais as áreas que têm (contaminação) e quais não têm. Também serão indicadas medidas de como poderá ser feita a remediação (da contaminação) ou não. A remediação é possível com técnicas de manejo sem nenhum risco à saúde”, comentou Lisandro Frigerio, chefe da assessoria técnica de operação urbana da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Segundo Frigerio, o prazo da análise do solo, após a contratação da empresa, é de 150 dias. O projeto, que começou no ano passado e vai até 2012, tem possibilidade de receber recursos da União Europeia, porém, é fato que a Prefeitura também vai investir.  “Os projetos de operação urbana, que têm como objetivo requalificação de áreas, são projetos de médio e longo prazo. No caso, a região da Mooca foi escolhida para iniciar o projeto por ser o maior conjunto do gênero (industrial, com áreas degradadas). Uma outra região que pode se assemelhar é a da Vila Leopoldina”, exemplificou Frigerio. 

Fonte: Metrô News, 04/10 


 

Olhar ecológico através do Judaísmo.




A advogada carioca Ann Wainer buscou na Torá, livro sagrado do judaísmo, adotado pelo Cristianismo como Velho Testamento, a origem e atualidade das normas ecológicas. Como na Lei dos Homens não se pode transgredir, alegando desconhecimento, no livro sagrado judaico assim está:...”pois a coisa está muito perto de ti, na tua boca e no teu coração, para que a observes”(Deuteronômio 30:11-14).

Quando Abrão pede a Lot que se estabeleça em direção oposta a sua, ali estava surgindo intuitivamente o moderno conceito de impacto ambiental , algo que seria desastroso ambos se estabelecerem na mesma porção de terras, já que estavam carregados de gado, (Genesis 13)

Já a preocupação com os excrementos, está contida, em Deuteronômio capítulo 13 “...e quando te abaixares lá fora,...e volvendo-te cobrirás o que defecaste”.

Este Observatório tem como pauta escancarar a contaminação de nosso solo, outrora sagrado, e cobrar das autoridades e responsáveis pela contaminação a descontaminação com base na lei de crimes ambientais 9.605/98 e outras normas legais.

Ainda na obra de Wainer, encontramos em Isaias 24:5:“...Na verdade a Terra esta contaminada por causa de seus moradores transgridem a lei, violam os estatutos, e quebram a aliança eterna”.

Em Gêneses 2:5, Deus ordena que o homem cultive e guarde o Jardim do Éden, basta uma piscadela para percebermos que não estamos agindo de acordo com o mandamento Divino, daí a necessidade de leis e mais leis.

O olhar Divino e o olhar pagão sobre o ambiente estão cheios de pecados, difíceis de serem pagos.

Paulo Rodrigues