quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Chumbo grosso neles!



A Vara da Fazenda Pública do Estado do Paraná encaminhou em 29 de setembro de 2010, Carta Precatória a Comarca de São Lourenço da Serra – SP, para Execução de Sentença 000008-93.2002.8.16.005-4 de penhora de bens da Plumbum Mineração e Metalurgia.

O ato do Judiciário Paranaense acima citado é mais um destes episódios que os seguidores deste Blog se arrepiam com os danos ambientais provocados em terras brasillis.

O mapa da injustiça ambiental e saúde no Brasil mostra o descaso da Plumbum e o efeito nefasto de contaminação numa das cidades mais bonitas da Grande São Paulo: São Lourenço da Serra. Por lá a Plumbum deixou chumbo no ambiente e no organismo de trabalhadores e comunidade do entorno.

O fato constatado em 1996, sem nenhuma providência de remediação do local. Se não fosse suficiente as marcas deixadas pela Plumbum em São Lourenço da Serra, a mineradora fez algo similar também com chumbo em Adrianópolis – PR. Por lá, a pataquada foi pior. São Lourenço da Serra e Adrianópolis fazem parte da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape.

Em terras paranaenses a mineradora anabolizou os danos ambientais. A contaminação por metais pesados no Vale do Ribeira atingiu população ribeirinha, ictiofauna, ultrapassando o limite de exposição da vida aquática em 730 vezes. A anuência para este processo de produção sujo foi concedido pelas sujas botas dos generais do Regime de 64.

A tolerância do Regime parecia sem limite. Mas no século XXI, o limite para deixar estar para ver como é que fica, parece ter ido longe demais. As encefalopatias por lá competem com a fome, com a miséria do Ribeira e com a incompetência das autoridades. Quem se arrisca a entrar neste jogo?

Edson Domingues

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