quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A mão invisível da fiscalização.




O Jornal Metro São Paulo na edição de ontem, trouxe reportagem de capa com o título “CET está de olho nas cargas perigosas”. Segundo a reportagem, 65% dos caminhões fiscalizados apresentavam irregularidades. Entre os meses de janeiro e agosto deste ano, afirma a reportagem, 821 caminhões foram fiscalizados, 535 apresentavam irregularidades. Dentre estas irregularidades estão problemas como pneus carecas, ausência de identificação do veículo e vazamentos no tanque de transporte.

No mês de setembro a Prefeitura de São Paulo, fixou marco regulatório para circulação de caminhões e outros veículos pesados nas marginais, obrigando-os a utilizar o Rodoanel.

A Comissão Parlamentar de Inquérito das áreas contaminadas na Câmara Municipal de São Paulo, ano 2009, apontou em seu Relatório Final que o Plano de Atendimento de Emergência – PAE, é quesito básico para transporte de produtos perigosos na cidade de São Paulo. O PAE é emitido pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente. É preciso ainda a Licença Especial de Trânsito de Produtos Perigosos também emitida por SVMA.

De acordo com o Relatório Final, a transportadora de porte destas licenças, necessariamente contratará empresa responsável para atendimento em caso de acidente.

Milhar e Centena na Cabeça!

O acidente ocorre, quem socorre?

Como a estrutura das empresas que operam este gentil mercado em geral é incapaz de atender longas distâncias em curto tempo, quem paga conta? Nosotros, ficando a cargo dos heróis do Corpo de Bombeiros fazer o atendimento. Façamos reza brava para que acidentes com resíduos perigosos não aconteçam no Rodoanel, pois naquelas bandas quem fiscaliza é a mão invisível do Estado.

Edson Domingues & Paulo Rodrigues

Um comentário:

  1. É de lamentar que eles não estão nem aí para o que venha a acontecer, e sim de olho na verba das multas! Eu que já transportei produtos quimicos de São Paulo para a Bahia e vice verso, vejo o absurdo de trafegar com tais produtos em trechos tão populosos no trecho que trafegamos para Santos,onde o risco de um vazamento em grande proporção, seria fatal tanto para o povo, quanto ao meioambiente.

    ResponderExcluir