quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Em quem acreditar?




Pesquisadores da USP encontraram na análise do fundo das represas Billings e Guarapiranga metais pesados, como: chumbo, cobre, níquel e zinco, entre outros provenientes do esgoto jogado “in natura”
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Diante de tudo isso me coloco a pensar e comparo essa situação deplorável com a imagem feita pelos atuais governantes deste estado, e deste país, ao passarem seus maravilhosos feitos no horário político de cada dia. Cadê o progresso tão falado por Lula? Por que não foi suprido o que é de mais primordial na urbanização - a captação e o tratamento de esgoto????? Isso não faz parte do progresso?  Ou será que eles fazem isso para se iludirem??? 

 A Secretaria de Habitação afirmou que cerca de 1 milhão de pessoas vivem em áreas de preservação na Billings e Guarapiranga, ainda. Historia antiga que não foi resolvida!
A falta de coleta de esgoto é o principal problema de saneamento, segundo o IBGE. Mais da metade dos domicílios recorre a fossas sépticas, valas a céu aberto ou lança o esgoto em cursos d’água. Isso mostra o descaso com o povo, mas o povo ingênuo continua a tirar o chapéu para as mesmas figuras. Fazer o quê, pergunto? A única resposta que não concordo é votar em TIRIRICA!

Voltando ao solo contaminado dos mananciais, responsável pela contaminação da água distribuída, temos que lembrar que a partir deles são abastecidas 4,5 milhões de pessoas na capital e na Grande São Paulo. Será que você está entre os sortudos que recebem na sua casa essa água com um “plus” a mais?

Em alguns trechos desses reservatórios foram detectados uma quantidade de cobre 30 vezes maior que o recomendado por agências internacionais de saúde
 Segundo estes mesmos pesquisadores, esta contaminação pode comprometer a qualidade da água e consequentemente colocar em risco a saúde de quem a bebe, causando náuseas, dores de cabeça e irritações na pele e nas mucosas, e a longo prazo poderá diminuir a fertilidade, provocar defeitos congênitos e surgimento de câncer.

A SABESP nega todo esse risco de intoxicação humana com os metais pesados. A companhia diz monitorar a evolução da concentração dos metais nos mananciais utilizados para abastecimento”, sem detectar nenhum risco à saúde da população. A remoção de metais pesados é efetuada durante o processo de sedimentação, onde, através da elevação do pH, ocorre a precipitação dos mesmos nas unidades de decantação”, diz nota da Sabesp. Segundo a companhia, caso sejam detectados metais em concentração de risco, “uma anomalia é apontada no relatório da Vigilância Sanitária e são tomadas as ações corretivas”.
“Os padrões e limites de potabilidade para qualidade da água destinada ao abastecimento são estabelecidos a partir de critérios rigorosos e anos de pesquisa, inclusive toxicológica”, informa a nota.
A Sabesp diz que as oito estações de tratamento da capital seguem a legislação nacional, contemplando parâmetros e critérios de potabilidade de portaria do Ministério da Saúde. 

E agora, devemos chegar a qual veredito final? Tomar ou não tomar essa água? Se prevenir ou pagar para ver? Difícil, né? A escolha feita hoje poderá sair muito cara amanhã.

Érica Sena

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